para depois dos problemas da maioridade


Como eu sou um rapaz novo, que cresceu nos Açores com a RTP local, não assisti, no tempo certo, a Conan - O Rapaz Do Futuro. Tive que esperar anos e a passagem da idade para poder agradecer ao DVD alguns episódios que me ajudassem a compreender o encantamento dos meus amigos e a ter direito a participar, ainda que envergonhadamente, nas discussões nostálgicas sobre as aventuras do menino.
Depois, como se não bastasse, deixei passar A Viagem de Chihiro e A Princesa Mononoke.
Por isso, agora, entrar neste Castelo Andante torna a vincar a fractura: se para os fãs de Miyazaki talvez nem traga muito de novo, a mim trouxe, pelo menos, o princípio de um regresso a essa espécie de infância perdida. E devolveu-me os olhos grandes e redondos de todos os rostos, as paisagens muito para além das cidades reais, um sentido de humor poderoso capaz de criar, entre outras, personagens memoráveis a partir de uma labareda de fogo.
Para ver e voltar a estar um pouco mais perto da verdade de nós, depois dos problemas da maioridade.
AB

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