oopsy daisies
Em dia de estreias, há, por fim, mais do que um motivo isolado para acorrer às salas e redundam todos eles, no fundo, numa mesma coisa muito importante, aquilo que a personagem de Christopher Lloyd definia, no segundo volume de Back To The Future, como "o mistério final do universo" a que tencionava dedicar-se a partir da destruição da máquina do tempo: "women".
Há um ansiado regresso de Spike Lee com She Hate Me, onde um número interminável de lésbicas paga 10 mil dólares por cabeça a um mesmo homem (Anthony Mackie) para que lhes faça um filho; há Inside Deep Throat, o polémico documentário sobre o filme que custou 25 mil dólares, rendeu 600 milhões e revolucionou a História íntima das sociedades e acerca do qual nos escusamos a explicitar a conexão com o tema supra-citado; e há, por fim, The Dukes of Hazzard.
Ora, tenham lá calma - bem sei que, ao primeiro impacto, The Dukes Of Hazzard não é para ver. Precisamente: mais que não fosse, tem em Seann William Scott um dos protagonistas. Estamos conversados. Se a ideia é auto-infligir irritação pura e simples por insondáveis razões médicas, então, bem mais vale pegarmo-nos com o nosso priminho embirrento que, além de pequeno, está mesmo ali ao lado e pode ser espancado.
No entanto, recordamo-vos um sentimento antigo, um sentimento que pode ser resgatado pela simples invocação de uma palavrita de cinco letras, não mais: D-A-I-S-Y. Sim, Daisy, Daisy Duke.
Não sei quanto a vocês, mas eu sou um rapaz novo , portanto, quando vim ao mundo já cá não estava a Marilyn. A Ava Gardner estava, mas por sua exclusiva responsabilidade.
Assim, foi com a Daisy e os seus calções manufacturados a partir da quase completa destruição de uns sérios jeans, que descobri o motivo pelo qual havia meninos e havia meninas. Existiam diferenças, diferenças que, para lá dos problemas, poderiam vir a ser muito proveitosas para ambas as partes.
A senhora em questão chama-se Catherine Bach e, se ainda for a tempo, aqui fica o meu público agradecimento (sim, ela já é uma leitora atenta da NOITE AMERICANA). A senhora de agora chama-se Jessica Simpson e não duvido de que vá produzir o mesmo efeito pedagógico sobre os miúdos de agora que a sua antecessora comigo.
Aqui ficam as fotos das senhoras e, em caso de dúvida sobre a que Daisy gostaria de oferecer uma boleia no seu very-own General Lee, recordo-lhe que, à data em que falamos e esquecendo nostalgias felizes, Jessica tem 25 anos e Catherine 51...
Alexandre Borges
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