Ir ao cinema
à atenção de cripto-girl, esse ícone da banda desenhada blogosférica
É verdade que acordo com Iréne Jacob olhando para mim. Mas também com Jean-Louis Trintignant. É assim o cartaz do Rouge, que está na parede aos pés da minha cama. Quer o destino que no momento em que escrevo este texto esteja iminente uma alteração decorativa: o cartaz do Rouge passará para a parede da cabeceira da cama e o de Dolls ocupará o lugar vago. Dois cartazes onde o vermelho impera. É essa a primeira das razões que explica o meu fascínio por Rouge. O vermelho. Eu gosto de vermelho. O vermelho é a minha cor interior (o azul é a exterior, just in case you're wondering), o vermelho arde. E Rouge, ao contrário de Bleul, que redime (ou o promete), queima. Quanto a Blanc, já lá iremos...
Primeiro, como é de bom tom, a defesa da honra. Diz-se: "o idiossincrático DM, vencido, no fundo, pelas pernas e boquinhas de Irène Jacob" avançando, assim, uma explicação para a minha preferência pelo Rouge, à frente dos restantes companheiros de trilogia.
Quero deixar bem claro que Irène Jacob tem, efectivamente, uma belas pernas. Sobre as boquinhas nada direi. Mas o que posso avançar é não terem estas duas razões gravitas suficiente para influirem na minha preferência.
O que realmente influi na minha preferência, além da cor, da banda sonora, do Jean-Louis Trintignant e das referências ao Direito, é o profundo sentido circular da vida, tão cheia de fatalidade quanto de milagres, que, embora ensaiados em Azul e Branco, só em Vermelho adquirem plenitude.
E já agora acrescento: o Branco é jocoso. É. Tem a Delpy, a mais leve das mulheres de Kieslowski e isso apenas lhe bastaria para comprovar a candura do branco. Mas mesmo com o sinuoso final o que temos é uma linear história de amor. Até mete prisão, suicídio (na forma tentada) e viagens pela Europa. É quase um transe.
DM
PS - Grato a RB por me ter notificado desta simpática referência à minha pessoa.
É verdade que acordo com Iréne Jacob olhando para mim. Mas também com Jean-Louis Trintignant. É assim o cartaz do Rouge, que está na parede aos pés da minha cama. Quer o destino que no momento em que escrevo este texto esteja iminente uma alteração decorativa: o cartaz do Rouge passará para a parede da cabeceira da cama e o de Dolls ocupará o lugar vago. Dois cartazes onde o vermelho impera. É essa a primeira das razões que explica o meu fascínio por Rouge. O vermelho. Eu gosto de vermelho. O vermelho é a minha cor interior (o azul é a exterior, just in case you're wondering), o vermelho arde. E Rouge, ao contrário de Bleul, que redime (ou o promete), queima. Quanto a Blanc, já lá iremos...
Primeiro, como é de bom tom, a defesa da honra. Diz-se: "o idiossincrático DM, vencido, no fundo, pelas pernas e boquinhas de Irène Jacob" avançando, assim, uma explicação para a minha preferência pelo Rouge, à frente dos restantes companheiros de trilogia.
Quero deixar bem claro que Irène Jacob tem, efectivamente, uma belas pernas. Sobre as boquinhas nada direi. Mas o que posso avançar é não terem estas duas razões gravitas suficiente para influirem na minha preferência.
O que realmente influi na minha preferência, além da cor, da banda sonora, do Jean-Louis Trintignant e das referências ao Direito, é o profundo sentido circular da vida, tão cheia de fatalidade quanto de milagres, que, embora ensaiados em Azul e Branco, só em Vermelho adquirem plenitude.
E já agora acrescento: o Branco é jocoso. É. Tem a Delpy, a mais leve das mulheres de Kieslowski e isso apenas lhe bastaria para comprovar a candura do branco. Mas mesmo com o sinuoso final o que temos é uma linear história de amor. Até mete prisão, suicídio (na forma tentada) e viagens pela Europa. É quase um transe.
DM
PS - Grato a RB por me ter notificado desta simpática referência à minha pessoa.
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