Brief Notes on The Departed
1. Qualquer confusão com o álbum de Cranberries The Faithful Departed (apesar do sumo preferido de DiCaprio) só pode ser uma piada de mau gosto;
2. Usar o Comfortably Numb, dos Pink Floyd, sobretudo numa cena tão boa, devia ser proibido. Como se sabe, usar músicas dos Pink Floyd é batota: tudo parece cem vezes melhor com uma música de Pink Floyd. E ainda por cima o Comfortably Numb;
3. Que fazer com Nicholson? The man can do no wrong. Uma das melhores representações dos últimos tempos.
4. Despachemos já a Vera Farmiga: de onde é que eu a conheço? Segundo a minha memória de lado nenhum. Mas o IMDB lá ajudou: trata-se da Caitilin da série Roar, esse épico brilhante de um jovem Heath Ledger irlandês em luta contra os invasores romanos. Sede bem aparecida.
5. Mark Wahlberg. É dele que quero falar. Que magnífico desempenho. Só aquele final. Sem uma palavra. Só o gesto. Mas, claro, também a sua restante prestação, talvez a mais pura e linear e, por isso mesmo, a mais simpática, a terna, in a way. Daí que o final não pudesse ser outro.
6. What the fuck is President Bartlet doing there? And where were the Secret Service when they were needed? Agora a sério: como já muito se disse sobre Martin Sheen, gostaria apenas de recordar esta entrada da sua biografia no IMDB: "Has memorized and can sing every single Frank Sinatra song". Vai buscar.
7. Há que lembrar Goodfellas? Talvez, é humano, creio. Mas daí a apelidar The Departed de Goodfellas irlandês vai um grande passo. E seria sempre um passo errado.
8. Scorsese soube ver bem o filme original e aproveitar a concentração de estrelas por metro quadrado. Eis aqui um filme sem mácula e, mais raro, com todas as contas ajustadas, sem que isso signifique uma moral impingida.
DM
2. Usar o Comfortably Numb, dos Pink Floyd, sobretudo numa cena tão boa, devia ser proibido. Como se sabe, usar músicas dos Pink Floyd é batota: tudo parece cem vezes melhor com uma música de Pink Floyd. E ainda por cima o Comfortably Numb;
3. Que fazer com Nicholson? The man can do no wrong. Uma das melhores representações dos últimos tempos.
4. Despachemos já a Vera Farmiga: de onde é que eu a conheço? Segundo a minha memória de lado nenhum. Mas o IMDB lá ajudou: trata-se da Caitilin da série Roar, esse épico brilhante de um jovem Heath Ledger irlandês em luta contra os invasores romanos. Sede bem aparecida.
5. Mark Wahlberg. É dele que quero falar. Que magnífico desempenho. Só aquele final. Sem uma palavra. Só o gesto. Mas, claro, também a sua restante prestação, talvez a mais pura e linear e, por isso mesmo, a mais simpática, a terna, in a way. Daí que o final não pudesse ser outro.
6. What the fuck is President Bartlet doing there? And where were the Secret Service when they were needed? Agora a sério: como já muito se disse sobre Martin Sheen, gostaria apenas de recordar esta entrada da sua biografia no IMDB: "Has memorized and can sing every single Frank Sinatra song". Vai buscar.
7. Há que lembrar Goodfellas? Talvez, é humano, creio. Mas daí a apelidar The Departed de Goodfellas irlandês vai um grande passo. E seria sempre um passo errado.
8. Scorsese soube ver bem o filme original e aproveitar a concentração de estrelas por metro quadrado. Eis aqui um filme sem mácula e, mais raro, com todas as contas ajustadas, sem que isso signifique uma moral impingida.
DM
Comentários
Creio que se eu quisesse apontar algum pequeno, ínfimo defeito ao filme teria que ficar acordada várias horas, revê-lo várias vezes, para chegar à conclusão de que o meu tempo tinha sido perdido. Não há nada de errado com "The Departed".
Tirando talvez, a dita (errada e de muito mau gosto) possível confusão com o título do tal álbum dos Cranberries (para mim, o pior deles - ainda por cima!).
É pena que a cerimónia dos Óscares seja muito depois do natal e muito antes dos meus anos. Senão, para uma das ocasiões, pediria, no mínimo dos mínimos, o já merecido Óscar para Scorsese!
Cumprimentos!