on being type-casted

Ontem à tarde, fazia eu piscinas no sofá da sala, e zapping na televisão, quando topei, tropecei, no filme «Rob Roy», de Michael Caton-Jones (e musiquinha do Carter Burwell, esse Danny Elfman dos irmãos Cohen). Apesar das circunstâncias, reconheci logo Liam Neeson (não gosto) e Jessica Lange (então não gosto, a sucessora de Shelley Winters), e, mais a custo, Tim Roth (gosto, gosto muito).
O primeiro e a segunda compõem um casal escocês disfuncional. Ela tem um sotaque esquisito e ele fala em linhas de Shakespeare; ambos gostam um do outro, amam-se; Vasco Pulido Valente poria aspas. Tim Roth desentranha um delicioso english pain in the ass.
O filme é uma chumbada, pesadíssima. Mas eis senão quando Tim Roth disfarçado de Marco de Paulo e Pombal entra pela casa escocesa adentro e, sem pedir licença, adentro pela dona de casa também, a dita Jessica Lange. Em cima da mesa da cozinha. Ora esta, pensei eu enquanto procurava o comando. Não é que esta moça consome a sua carreira a ser, bom, enfim - isso -, em cima da mesa da cozinha? Ele é o «Rob Roy», em que Tim Roth faz de Tim Roth, ele é o «The Postman Always Rings Twice», em que Jack Nicholson faz de Tim Roth. E parece que há mais. Qual era o outro, Luís?

RB

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