Histórias de filmes: o renascer do Phoenix


Joaquin Phoenix é o filho do meio de um total de cinco. Os pais, um casal de artistas / missionários / activistas vegan, baptizaram a prole de River, Rain, Joaquin, Liberty e Summer. Tendo em conta a sequência, “Joaquin” não deixa de parecer exótico (não admira que, em tempos, tenha querido chamar-se Leaf). O mundo ouviu-lhe pela primeira vez a voz quando os noticiários passaram incessantemente a gravação do telefonema para o 112, pedindo socorro para o irmão que lhe morria ao lado, de overdose. Quando deu os primeiros passos no cinema, pensou-se que nunca seria mais do que o irmão do malogrado River Phoenix. Puro engano. Joaquin Phoenix é um actor monumental. Farsa ou não, mal podemos esperar que se deixe do presente número de artista decadente. Mortes lentas raramente criam mitos.

AB

i, 2010.12.17

Comentários

a vida é larga disse…
vi hoje uma entrevista com ele...:
muito decadente mesmo!
esperemos que lhe passe ...
andré raposo disse…
Não concordo.

A grande farsa de Phoenix no monumental "I'm still here" é precisamente essa.

E é com um vigor que aparece transmutado na tela como alguém que está no fim dos seus dias de artista conceituado.

Revela desprendimento sobre o que tinha alcançado e uma coragem acima da média, muito acima da média. Quem arriscaria perder os votos de Hollywood quando tudo estava tão bem encaminhado ?

Esta obra revela um actor do caraças.
Anónimo disse…
Concordo que ele seja um actor do caraças em "I'm Still Here", mas já o era antes e já todos o sabíamos. Desprendimento só se, efectivamente, tivesse desistido do cinema para se arriscar noutra coisa qualquer, mas o que ensaiou foi justamente o contrário: catapultar-se para uma espécie de metacinema e de super-actor que até se representa a si mesmo. Na minha opinião, foi pretensioso e fracassado, mas fico sinceramente contente que tenha, afinal, chegado a tocar alguém - o André, pelo menos.
Obrigado a ambos pelos comentários. Um abraço e bom Natal.

Barreira Invisível Podcast