Star Trek Heroes

Trekkie não sou nem nunca fui pelo que chego até (mais) esta encarnação - melhor: revisitação - de uma das mais famosas instituições da ficção científica completamente sem expectativas. Apesar disto tinha já muitos amigos e conhecidos a dizerem muito bem de Star Trek e foi bom reparar que o título não cedeu à numeração ou aos títulos boçais das sequelas. Temos, portanto Star Trek, como se do primeiro filme se tratasse. E, de certo modo, é. Cronologicamente este é um Star Trek antes do Star Trek de Shatner e Nimoy (apesar deste último comparecer a este chamado). Mas é também um Star Trek completamente pensado para uma geração que só por pura militância terá apanhado a série original e os vários filmes que se fizeram em torno dela.

Pela parte que me toca creio que apanhei o Star Trek no Agora escolha mas posso estar enganado. Quando digo que apanhei estou a ser bastante rigoroso: nunca acompanhei a série, ia vendo episódios esparsos num e noutro dia. Talvez por isso tenha mais facilidade em me ligar (e menos criticar) a remodelação de casting. Sobretudo quando uma das mais carismáticas personagens - Spock - é protagonizada por Zachary Quinto, de quem sou grande fã na sua representação de Sylar, na série Heroes.

Confesso que vi todo o filme à sua volta, apesar de também haver Chris Pine (err...) e o sólido Eric Bana (em modo: por que não? - não sei porquê só conseguia pensar no Rodrigo Santoro a fazer de Xerxes em 300). E isso talvez possa ser tomado como mote para uma análise de todo o filme: este Star Trek vive de um bom argumento, é certo, mas vive sobretudo de uma constelação de jovens actores, cheios de competência e prontos a ir onde mais nenhum humano foi ainda. Isso é mais do que suficiente para relançar o trekkismo: é mesmo capaz de, finalmente cumprir um desígnio sempre apregoado: levá-lo até à next generation.
DM

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