Gallo, a criar desde 1961


Os Da Vincis não crescem nas árvores. De modo que sempre que aparece um homem dos sete instrumentos, ficamos de pé atrás: será um génio multifacetado ou um egocêntrico incurável? Vincent Gallo fez música experimental, performances de rua, foi engenheiro de som, motociclista de competição, escritor e actor. Há uns anos, viu que nenhuma lei o impedia de realizar e fez “Buffalo ’66”. Correu bem; o pior é que lhe deu ânimo para um segundo filme, “Brown Bunny”. O resultado foi tão bom que o terceiro, “Promises Written In Water”, nunca teve distribuição comercial fora dos EUA. Como actor, foi um dos homens de Ray Liotta em “Tudo Bons Rapazes”, mas a personagem nem tinha direito a nome. Foi subindo. De “Arizona Dream” a “Matar Para Viver”, confirmámos a suspeita: este homem é um actor. Se é um génio ou não, já carece de provas.

AB

i, 2011.06.24

Comentários

João André disse…
Funeral, de Aber Ferrara. Merece referência, aí se começou a mostrar actor.
Anónimo disse…
Sem dúvida, João. Obrigado.

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