Die Hard (with a woman)

Às vezes, um tipo só quer fumar um charuto. Só isso. Umas baforadas valentes, sem inalar (parece que um charuto travado equivale a 16o cigarros), fazer fumarada, incomodar as pessoas nas mesas ao lado. Fumar o maldito charuto sem que um Freud de pacotilha nos venha logo acusar de sermos homossexuais encapotados.

O senhor aqui ao lado tem mais de 50 anos, já deu entrevistas a confessar que correr com uma pistola na mão não é representar, volta e meia salta para um palco e ensaia umas roockalhadas valentes. E apeteceu-lhe, pelos vistos, voltar a Die Hard.
Por mim agradeço mais de duas horas distraído da vida e do trabalho, uma carga de porrada politicamente incorrecta na belíssima Maggie Q., algumas sequências de acção nunca vistas, a frase de marca no clímax do filme, a química com o young buddy Justin Long (excelente), e a deixa final - com o eterno "smirk" do careca - "Hospital".
É pena aquele vilão sem gravitas sequer para a nova série dos Morangos com Açúcar e um guionista com talento zero para as one-liners.

Venha um 5º, quando saíres do hospital, Bruce. E se não fores tu, a filhota parece muito bem treinada... Eu vou conservando o próximo charuto.
LFB