Palavras, esse infinito poder ©
[Para o nosso leitor Marco Quintanilha (aquele abraço preemptivo), que tempestivamente avivou, ai avivou avivou, este momento marcante das nossas, da minha, da dele, e de uma outra pessoa pelo menos, vidas. E no entanto, escreve: «corky» - e eu não percebo. Não, pasmo. Do grupo de palavras com «k» adequadas para descrever o beijo, critério eminentemente acertado, prefiro «kinky». Corky, kinky. (e wrinkle, de que também gosto). Eu tenho um problema com corky: a mim soa-me a Scorpions, mais exactamente a «Wind of Change», do matricial «Gold Ballads». Atente-se nisto: I follow the Moskva/Down to Corky Park. Aqui temos uma bela sequência de palavras com «k», conforme requerido pelo critério, devidamente salpicadas por «y» (como «corky»; como «kinky»), mas que não conseguem iludir um tom corny, que é, das palavras sem «k» e com «y» a que melhor descreve a infinita série abrupta. Mas espera lá, ò Marco: então mas Corky era o nome da gaja, certo?]
RB
RB
Comentários
Ela chamava-se realmente Corky, mas prefiro ver a situação de outra forma: pelo significado. Corky, num sentido de "rolhento" (de rolha...) em que poderá querer dizer que o outro lado levou uma língua a perfazer uns movimentos à saca-rolhas. Mas isto já é ir muito longe e perder um pouco o gosto.
«Gold Ballads» e não «Love Ballads». estive agora a ver (confusão compreensível vistas as músicas). Agora, de facto, o «wind of change» não é do «love ballads». Mas devia ser, e isso é o mais importante. Para além do que quero lá saber se é de 1991 e o «gold ballads» de 1985. Tivessem composto a música antes e posto no disco, eu é que não vou mudar o post por causa disso.
abraço,
Rui
Rui