A/C do Sr. Paulo Branco,

Caro Paulo Branco,

desculpa o tom casual com que te trato mas na qualidade de cidadão que tem assistido a quase todos os filmes que produziste, que frequenta com assiduidade todos os cinemas que possuis ou possuiste, que regularmente participa nos passatempos dos teus sites, que já escreveu milhares de linhas sobre filmes que produziste, distribuiste ou estreaste, que gosta genuinamente do que tens feito pelo cinema em Portugal e que acha que o KingKard é uma ideia do caraças tenho duas coisas a dizer-te:

1. A ideia de passar as bilheteiras do Alvaláxia para as caixas das pipocas e refrigerantes é uma ideia bestial. Mas para putos. Eu compreendo que a coisa tá negra e o 2 em 1 conduz a poupança com a possível vantagem (?) de alguém comprar qualquer coisinha para roer ou bebericar já que a fila é a mesma. Mas é o caos aos fins de semana e sessões mais concorridas. Vê lá isso.

2. Mas o que realmente me levou a escrever este texto prende-se com outro tema. Cartazes. Como é que um gajo com olho para o negócio como tu ainda não começou a explorar, a par do mercado de dvd e afins, o negócio dos cartazes? Não sei e é incompreensível. Tu tens boa parte dos cartazes mais porreiros que se podem ver nas salas portuguesas, ainda por cima com muita variedade, e no entanto, depois dos filmes sairem de cartaz saem os cartazes com eles. Está mal. Nós os admiradores de cinema e de cartazes ficamos a perder e tu também não deverás ganhar muito com isso. É problema de direitos? Arranja-se um advogado que trate disso, eu conheço uns quantos. Já estou a ver aí um magnífico negócio, com descontos para Kingkardianos, claro. Eu, por exemplo, tenho o cartaz d'A Costa dos Murmúrios mas não me importava nada de dar uns cobres pelo cartaz do Quaresma (do filme, entenda-se). E os tamanhos? Um tipo ainda deita a mão aos cartazes de tamanho normal mas e aqueles magníficos cartazes que enchem toda uma parede? Isso é que era. E tu bem podias contribuir para isso. E sempre fazias mais uns trocos. Pensa nisso. É só uma ideia.
DM

Comentários

Puto Psycho disse…
Subscrevo e acrescento: ja que estamos na era digital, porque não atribuir aos kingkardianos a vantagem já observada dos viaverdianos? Já nem falo de um chip de entrada rápida nas salas (deve ser complicada a gestão das vagas para blockbusters...) mas pelo menos uns terminais simples de emissão dos tristes bilhetes em papel térmico... Isso sim era uma revolução!
Puto Psycho disse…
Para quem se ofende com a revolução, sugiro à ablação do R...
Cláudia [ACV] disse…
DM,
padeci pela primeira vez da nova fila pipoqueira do Alvaláxia no passado fim-de-semana. Que pastilhaça.

Quanto a cartazes, valem-me as simpáticas recepcionistas do videoclube do bairro, que nunca querem para si os dos filmes mais ou menos desconhecidos com nomes como "Virgens Suicidas", e tal. Já consegui que me oferecessem uns quantos desses :)
Le disse…
Pá, eu sou advogado...
noite americana disse…
Ana, vejo aí uma oportunidade de negócio. Tenho uma carteira de clientes e procuramos novos fornecedores...

Le, o mesmo se aplica a ti, vamos ver como corre isto, pode ser que ainda sejas preciso. DM.

Barreira Invisível Podcast