Bocas sobre Syriana
Os olhos de «Nasir». Alexander Siddig, apesar do desastroso «Reign of Fire», o olhar mais impressionante desde que Art Malik («A Passage to India», «A Jóia da Coroa») se dedicou aos filmes com Schwartzenegger.
Amanda Peet. Já tinha sido a, ou uma das, razões para ver «Something gotta give». A razão? A razão, sim. Há quem fale em «Melinda e Melinda», mas eu prefiro confundi-la (eu sou dado a confusões) com Rebecca Romijn-Stamos. Maior elogio é difícil. Como ainda não tive oportunidade para reparar nisso, não faço ideia se é boa actriz.
Um pormenor. Syriana consegue, na parte inicial, criar um efeito propositado de confusão no espectador, através de algumas coisas: um volume de som invulgarmente baixo (que depois vai aumentando), a ausência de banda sonora que emoldure a acção e o diálogo, a própria dispersão dos fios da história servida por uma montagem que corta em contínuo entre vários locais, e o facto de as personagens não falarem em inglês, fazendo-nos olhar constantemente para as legendas. Um tipo fica meio perdido. Tudo junto, gera um efeito de «epá, o que é que tá a acontecer, mesmo?», suponho que semelhante à percepção que as personagens têm do que lhes está a acontecer.
RB
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