o dia em que o radical de esquerda chorou com um herói americano

Foi numa sala cheia do Monumental, durante "Cinderella Man", de Ron Howard. Calhou sentar-me mesmo ao lado do homem em questão, acompanhado do seu Público e de uma mulher que, provavelmente, o levara a comprar os bilhetes. Contrafeito, o indivíduo tentava esta façanha extraordinária: ler o seu diário no escuro da sala de cinema. Perante a impossibilidade do acto (embora muito tentasse) lá ia deitando olhares furtivos ao écran.

Limpou as lágrimas muito depressa quando Russel Crowe/Jim Braddock, obrigou o seu filho esfomeado a pedir desculpas numa mercearia onde roubara.
LFB

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