The long and winding road de Viggo Mortensen
Lembro-me dele de alguns filmes mais antigos, contudo, até ao Senhor dos Anéis, para mim, como para muitos, Mortensen era um actor série B, um tipo bonito, a valer-se disso no ecrã. E desses há muitos por aí. Afinal havia mais, como Peter Jackson soube descobrir. Mas o verdadeiro choque dramático ocorreu em 2005, com Uma História de Violência, um dos melhores filmes que vi em toda a minha vida. Não há como Cronenberg para extrair de uma alma o que ela tem de melhor. A partir daí, Viggo tornou-se um dos meus actores preferidos. Mesmo com Alatriste (tenho o livro para ler antes de me arremessar ao filme), que todos me dizem ser uma xaropada, senti o filme chamar-me pela sua presença (é verdade que Elena Anaya e Ariadna Gil também ajudam). Depois veio novamente Cronenberg com o seu Promessas Perigosas. E, amanhã, A estrada, adaptação do romance de Cormac McCarthy, chega às salas de cinema. Cenários apocalípticos interessam-me mas raramente me fascinam. Eu gosto mais das revoluções existenciais e sociais que irrompem no mais idílico mundinho (daí a minha paixão por Uma História de Violência). Mas, ainda assim, não vou perder uma oportunidade de deixar Viggo Mortensen renovar o meu fascínio pelo cinema.
DM
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