DVD alugado da semana - Elizabethtown
Depois de "Elizabethtown", não restam dúvidas: não há realizador mais irritante do que Cameron Crowe, o campeão dos lugares comuns e das citações pop abusivas. Quem odiou "Vanilla Sky" detesta facilmente "Elizabethtown". Está lá tudo. Ou melhor: não está lá nada, porque esta suposta comédia romântica não é mais do que um livro de auto-ajuda em versão cinematográfica.
Uma frase tirada ao acaso, pela personagem de Kirsten Dunst: "Os homens vêem as coisas numa caixa, as mulheres vêem-nas numa sala redonda". Isto quer dizer exactamente o quê? Por falar em Kirsten Dunst. A única coisa que ela realmente faz é passear o seu sorriso - encantador, diga-se - pela fita. Esperamos sinceramente que não lhe aconteça o mesmo que a Penelope Cruz que, depois de "Vanilla Sky", só fez papéis de espanhola parvinha.
Outra mania irritante de Cameron Crowe: Não há cena que não seja, na realidade, um videoclip. A sequência vai ainda a meio e lá aparece, à pressão, a musiquinha. Que, às vezes, só dá vontade de rir de tão óbvia. Um exemplo: o personagem de Orlando Bloom passa pelo hotel em Memphis onde Martin Luther King foi assasinado e, de repente, tunga - "Pride (In The Name of Love)", dos U2. Dá até nojo...
E, no entanto, Cameron Crowe nem começou mal. "Singles" era um bom filme, "Jerry Maguire" caía na lamechice mas lá se safava (graças, sobretudo, a Cuba Gooding Jr.) e "Almost Famous", não sendo propriamente inesquecível, via-se bem. O descalabro começou mesmo em "Vanilla Sky" e continua em "Elizabethtown". Por este caminho, não sei se valerá a pena voltar a ver um filme de Cameron Crowe...
PNR
Uma frase tirada ao acaso, pela personagem de Kirsten Dunst: "Os homens vêem as coisas numa caixa, as mulheres vêem-nas numa sala redonda". Isto quer dizer exactamente o quê? Por falar em Kirsten Dunst. A única coisa que ela realmente faz é passear o seu sorriso - encantador, diga-se - pela fita. Esperamos sinceramente que não lhe aconteça o mesmo que a Penelope Cruz que, depois de "Vanilla Sky", só fez papéis de espanhola parvinha.
Outra mania irritante de Cameron Crowe: Não há cena que não seja, na realidade, um videoclip. A sequência vai ainda a meio e lá aparece, à pressão, a musiquinha. Que, às vezes, só dá vontade de rir de tão óbvia. Um exemplo: o personagem de Orlando Bloom passa pelo hotel em Memphis onde Martin Luther King foi assasinado e, de repente, tunga - "Pride (In The Name of Love)", dos U2. Dá até nojo...
E, no entanto, Cameron Crowe nem começou mal. "Singles" era um bom filme, "Jerry Maguire" caía na lamechice mas lá se safava (graças, sobretudo, a Cuba Gooding Jr.) e "Almost Famous", não sendo propriamente inesquecível, via-se bem. O descalabro começou mesmo em "Vanilla Sky" e continua em "Elizabethtown". Por este caminho, não sei se valerá a pena voltar a ver um filme de Cameron Crowe...
PNR
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