Diálogos: "Deixa-me Entrar"
A moda do remake começa a atingir proporções absurdas. Esta semana, chegou aos cinemas “Deixa-me Entrar”, remake de um filme que, entre nós, estreou há pouco mais de um ano. Matt Reeves segue a par e passo a obra original de Tomas Alfredson, pelo que a única razão plausível para esta adaptação é querer vender a história ao público que nunca veria um filme sueco. A verdade é que esse filme sueco já se tornou uma obra de culto, ganhou dezenas de prémios e é, como seria de esperar, melhor que a cópia. Aqui, Oskar começa a perceber que a amiga Eli não é exactamente uma rapariga como as outras.
OSKAR: Quantos anos tens?
ELI: Doze… Mais ou menos… E tu?
OSKAR: Doze anos, oito meses e nove dias. O que é que queres dizer com “mais ou menos”? Em que dia é que fazes anos?
ELI: Não sei.
OSKAR: Não festejas o teu aniversário? Os teus pais… De certeza que eles sabem em que dia são os teus anos!
Eli olha para o chão.
OSKAR: Então, não recebes presentes de aniversário, pois não?
ELI: Não.
(…)
OSKAR: És um vampiro?
ELI: Vivo de sangue… Sim.
OSKAR: Então, estás… morta?
ELI: Não. Não se vê?
OSKAR: Mas… és velha?
ELI: Tenho doze anos. Mas tenho doze anos há muito tempo.
AB
i, 2010.10.23
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