vampiro da guarda


DEIXA-ME ENTRAR

De: Tomas Alfredson

Com: Kare Hedebrant, Lina Leandersson, Per Ragnar

Se fosse um mecânico a falar-vos, diria que tínhamos aqui um berbicacho; como é apenas um crítico, fiquemos pelo termo “problema”. “Deixa-me Entrar” é um filme para que se vai com uma imensa vontade de gostar. Traz consigo nada menos que 56 prémios e críticas monumentais a dá-lo como o melhor filme de vampiros de sempre e recomendações para que esqueçamos “Crepúsculo”. Referir “Crepúsculo” no contexto de “Deixa-me Entrar” é, pura e simplesmente, insultuoso, mas daí até ser o melhor do género… A obra sueca sobre o caso de Oskar e Eli, dois meninos de 12 anos, é, acima de tudo, uma história de amor. Delicada, poética, desassombrada. O facto de Eli ser uma vampira é que é quase secundário. A matéria vampiresca é tratada de modo inteligente e trágico, deixando quase tudo por dizer. Mas a verdade é que a sequência de acontecimentos é previsível e que o terror não mora aqui. Um bom filme que tem de pagar pela fama que granjeou.

Veja também: Outro bom cinema sueco recente: “The Girl”, Fredrik Edfeldt, e “Os Homens Que Odeiam As Mulheres”, Niels Arden Oplev.

AB

i, 2009.12.16

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