jogo
De: Mark Neveldine e Brian Taylor
Com: Gerard Butler, Michael C. Hall
Em semana de somente duas estreias, não deixa de ser bizarro que ambas sejam ficção científica e partam, de uma forma ou de outra, do conceito de duplo. Com alguns pontos de contacto com o recente “Os Substitutos”, de Jonathan Mostow, “Jogo” é uma mistura de influências algures entre “Existenz”, “Matrix”, citações explícitas de “Blade Runner” e muito jogo de computador. Num futuro não precisado, os homens podem viver uma segunda vida através de uma personagem. Um “Second Life”, só que, em vez de avatares, controla outros seres humanos. Ken Castle é o novo dono do mundo graças ao sucesso dos seus jogos. Em “Society”, podíamos viver através doutra pessoa; com “Slayers”, podemos morrer. Num registo absolutamente alucinado e exibicionista, a dupla de directores/argumentistas vai fazendo passar algumas boas ideias. Mas, a dado passo, perde-se totalmente na própria loucura e na tentativa de criar um subtexto dramático “sério”. A grande pergunta que fica no fim é: por que é que o nome do dealer dos criadores do filme não vem na ficha técnica?
AB
i, 2009.12.17
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