Estrela Cintilante*: Ou filme em que fiz as pazes parciais com o cinema da Jane Campion...





... e criei expectativas demasiado elevadas em relação à Abbie Cornish.
"ESTRELA CINTILANTE
De Jane Campion, com Ben Whishaw, Abbie Cornish
O sucesso precoce tem o condão de limitar alguns cineastas, e desde “O Piano” que Jane Campion parecia condenada a uma travessia no deserto de escolhas duvidosas e projectos falhados.
 Com Estrela Cintilante, a realizadora retorna a terrenos em que se sente mais confortável: os filmes de época que relatam grandes histórias de amor. E talvez seja essa a principal razão para que este seja o seu filme mais consistente desde o mencionado “O Piano”.
 Campion traz-nos uma das mais celebres paixões da literatura, entre o do poeta John Keats e a sua musa Fanny Brawne, um romance casto, platónico e dramático que durou três anos, até à morte precoce do escritor com apenas 25 anos.
O filme, tal como se de um poema de Keats se tratasse, está imerso numa calma e beleza bucólica de contornos hipnotizantes. E quando seria fácil de cair na tentação, devido à época retratada, de entrar em universos como os de Jane Austen, Campion, foge ao cliché e acaba por transmitir uma sentimento de contemporaneidade nesta historia, que mais não fala do que a angustiante, e quase adolescente, sensação do primeiro e verdadeiro amor.
Classificação: Aceitável (***)"
* Critica publicada no Semanário SOL a 8 de Janeiro de 2010
MS

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