4 noites com Ana

Um dos últimos postais que recebi do Zé Manel incitava-me a ir ver 4 noites com Ana. Deixei passar. Viria a tornar-se o último filme que me recomendou ver.

Felizmente, Um ano de Cinema(s), que Paulo Branco promove há já alguns anos e que faz a reprise de todos os filmes que passou no ano (lectivo/cinematográfico) anterior, permitiu-me, na passada sexta-feira, fazer a remissão da minha falha. E, como seria de esperar, o Zé Manel foi certeiro. Okrasa entrou-me pela pele dentro até ao sangue das aurículas. O filme mais bonito que vi este ano.

Não sei se a inocência é o tema do filme mas dei por mim a pensar muito nela - o que é sempre um regresso, no meu caso - durante todo o filme. Creio que o que me interessou foi a forma como a inocência de Okrasa é a inocência no seu estado mais cru e primordial, apresentada exactamente dessa forma, a um mundo que cada vez mais se fascina a si próprio pelo seu cinismo.
DM

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