amar é complicado


De: Nancy Meyers

Com: Meryl Streep, Alec Baldwin

Uma comédia romântica para a geração que começa a chegar ao ponto em que volta a acreditar em comédias românticas. De Meryl Streep já há mais de vinte anos que se disse tudo – mais ou menos o tempo que Alec Baldwin levou a fazer-se um senhor actor. Em “Amar É Complicado”, dão vida – e este cliché raramente fez tanto sentido – a um casal divorciado, na idade da razão. Ele voltou a casar com uma mulher muito mais nova, é atormentado pelo filho de cinco anos e pela obsessão da jovem esposa em ter mais. Ela aprendeu a viver sozinha e talvez agora, dez anos depois, consiga apaixonar-se de novo. E, de repente, estão a viver um affair. A montagem tem tantos erros –o copo ora está na mão, ora não; o cesto ora está na mão esquerda, ora na direita; o actor ora tem a boca aberta, ora fechada – que quase arruína tudo. E a banda sonora foleira torna óbvio o que os actores tentam que seja subtil. Um caso espantoso de como a equipa técnica não está ali a fazer nada. Se Streep e Baldwin representassem aquele texto para uma webcam, teria cem vezes mais impacto.

AB

i, 2010.03.04

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