Intemporalidade indómita

Quando ontem, antes mesmo da sessão começar, me apercebi que vira a Vontade Indómita (do tempo em que ainda se faziam boas traduções de títulos em português) há já 12 anos não quis acreditar. Mas o que realmente me impressionou foi como mudei nestes últimos anos ou, melhor, quão bem The Fountainhead serve de rastreio a essa mudança.

A minha memória do filme de King Vidor era a de uma alegoria: viagem total sobre o triunfo do génio individual sobre a mediania colectiva. Ontem, ao revê-lo pensava que não é apenas isso, é também uma provocação que se mantém intemporal, como bem retrata este recente artigo do Economist. É que se ser um altruísta abnegado é irritante, ser um solitário obstinado não pode ser melhor. Tudo o que obrigue a confrontarmo-nos com o que não queremos sofre a necessária resistência.

DM

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