The Odds

A probabilidade de uma família produzir dois realizadores de grande calibre escapa-me por completo. Creio que em algum laboratório social existirá quem o possa cientificamente determinar. E isso talvez fosse interessante.

Caso fosse possível podíamos ensejar ir mais longe: calcular igualmente a probabilidade de ambos os irmãos serem terrivelmente versáteis contendo na sua obra filmes que nada têm que ver um com o outro. Creio que, quanto a este ponto, há um aspecto determinante: os dois irmãos têm formação e experiência na produção e realização de filmes publicitários. E, como devem calcular, um tipo realiza um filme sobre detergente se for caso disso. E pagarem bem, claro.

Embora prefira um dos irmãos ao outro, é do que menos gosto (o que ainda assim, é muito) que este texto trata. A razão é simples: só ontem me dei conta que em três anos este realizador conseguiu fazer um filme com Deneuve, Bowie e Sarandon, sobre vampiros imortais na América dos anos 80, para pouco tempo depois ter feito, com Kilmer, Cruise e McGillis, um filme sobre pilotos e suas testosteronas. Mas, além disso, o senhor também mete no saco um filme que muito aprecio, de 1993, com argumento de Tarantino, e por isso sem qualquer tipo de tema, contando com a seguinte constelação: Slater, Arquette (a Patricia), Kilmer, Hopper, Oldman, Pitt, Sizemore, Walken, L. Jackson, Gandolfini, Penn (o Chris) e até, Black (o Jack). Uma coisa assim raramente se voltou a ver...

Apesar de não ter voltado a fazer nenhum filme como The Hunger, ou pelo menos, que tivesse em mim o efeito que The Hunger produziu, as bilheteiras não se queixam e os estúdios também não. Mesmo assim prefiro o irmão.
DM

Comentários

Unknown disse…
Um Bom 2007.
Puto Psycho disse…
A pesquisa de memorable quotes no IMDB sobre o True Romance (1993) já disparou o meu alerta de conteúdos pornográficos...

Já agora, prevejo algures em 2007 um post sobre a nova edição de Funny Games do Haneke! Lembro-me de ter ido ver - ingenuamente - este filme numa das poucas salas de Barcelona com V.O.. No final, a minha companhia perguntou-me se o meu amigo não me avisa quando estou prestes a levar socos no estômago!...

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