Histórias de filmes: Dramas de fim de ano


O Natal pode ter inspirado mais filmes, mas a passagem de ano tem servido argumentos mais interessantes. Uma brevíssima incursão pelo tema leva-nos a “4 Quartos”, onde Tim Roth é o funcionário de serviço ao hotel Mon Signor na noite de réveillon; cada quarto é um filme de um realizador diferente, culminando num delicioso Tarantino. Em “Milhões”, Danny Boyle fantasia uma mudança de moeda na velha Inglaterra. A libra vai sair de circulação até ao fim do ano quando um saco com milhões de notas vai parar às mãos de um miúdo de sete anos. Hal Hartley criou “The Book Of Life” em plena febre de fim de milénio e pôs Cristo, Maria Madalena e o Diabo a debater o fim do mundo. A mesma passagem de ano 1999/2000 envolve a sequência final do majestoso “Estranhos Prazeres”, filme que Kathryn Bigelow dirigiu quando ainda não era uma celebridade. E como esquecer “Um Amor Inevitável”, quando Billy Cristal decide, finalmente, declarar-se a Meg Ryan? “Não é por sentir-me só e não é por ser passagem de ano. Eu vim aqui porque quando percebes que queres passar o resto da tua vida com alguém, queres que o resto da tua vida comece o mais depressa possível”.

AB

i, 2010.12.31

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