era uma vez a vida


HOME – O MUNDO É A NOSSA CASA

Realização: Yann Arthus-Bertrand

Com: o Planeta Terra

Documentário que estreou, no mesmo dia, em televisões, cinemas e praças de todo o mundo, “Home” é um esforço por despertar consciências enquanto é tempo. O tempo, neste caso, são dez anos até que o equilíbrio ecológico do Planeta ceda, definitivamente, para o não retorno. Filmado em mais de 50 países e assumindo um olhar que sobrevoa o mundo e nunca o chega a tocar, “Home” é, no entanto, um trabalho algo inglório. Ao longo de quase duas horas, não apresenta nada que já não soubéssemos ou de que Al Gore não tivesse já falado; tem uma aparência visual de Google Earth sofisticado que o torna demasiado artificial; e uma narração desagradável em tom de pregação moralista. E o texto, repetitivo e catastrofista, tira o entusiasmo ao mais empenhado activista da Quercus. Os bons exemplos, conselhos práticos e mensagens de esperança, só chegam nos minutos finais, altura em que o espectador já se estará a chicotear de tanto remorso que o filme lhe provocou.

Veja também: “Uma Verdade Inconveniente”, de Al Gore e Davis Guggenheim, e “Cosmos”, de Carl Sagan e Adrian Malone.

AB

Comentários

Tiago Ramos disse…
Boas imagens. Mas é um filme extenso demais com um tipo de discurso que não passa de propaganda...
just.another.ecologist.citizen disse…
Sou fã de documentários, mas o Home parece forçadíssimo. A sequencia de imagens parece aleatória e sempre descoordenada tanto em relação à banda sonora, como à narração.
A mensagem apenas repete (a meu ver, de forma superficial) aquilo que já foi tantas vezes dito.
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