Produções Scott-Crowe: a aventura continua

Em equipa que ganha não se mexe, talismãs são para usar, etc, etc. Deve ser isto que passou pela cabeça de Ridley Scott na primeira vez que pensou em realizar um filme depois de Gladiador. O mesmo é, provavelmente, aplicável a Russell Crowe. Quanto a mim, feliz da vida. Creio que a história do cinema está bem preenchida de colaborações afortunadas e nem vale a pena aqui rememorá-las. Tenho a certeza que todos nos lembraríamos de algumas. Eu gosto, nestes nossos tempos recentes, da dupla Scott-Crowe. Já nem vou demorar-se no referido Gladiador, que inaugurou a aventura, notando apenas que foram precisos seis anos e nove filmes (cinco para Scott e quatro para Crowe), para que ambos percebessem a importância de trabalharem juntos. E se o reencontro, com “A good year”, é criticado duramente por quase todos (eu gostei do filme, quanto mais não fosse pelo vinho e pela menina Cotillard), já “American Gangster” foi considerado um bom filme de época, com um Crowe em óptima forma, perante um magnífico Denzel Washington. Agora chega às salas um reencontro ainda maior: Scott com Crowe mas também com os cenários de guerra, depois de “Black Hawk Down”, agora em “Body of Lies”. Novidade: a presença de Di Caprio, pronto para uma dupla que, pela apresentação, me fez pensar em Redford e Pitt, há uns anos, em “Spy Game”. Em tempo de Bond vai ser interessantes descobrir o que nos reserva este triângulo, perito em acção, num ambiente de espionagem globalizada. E se ficarmos com vontade de mais, para 2009 a Produções Scott-Crowe não desilude: está em pré-produção “Nottingham”, com Crowe como Sheriff e Sienna Miller com Maid Marion.
DM

(texto publicado no Meia Hora desta quinta-feira)

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