Da eficácia de "9 Semanas e Meia" no rejuvenescimento demográfico

Um tipo que já tinha cumprido pena por assassinar a 1ª mulher, foi novamente condenado por matar a 2ª – segundo o serial-killer – inspirado pelo filme “Psycho”. De imediato, um moralista empedernido de dedo em riste lembrou este episódio ao Mestre Hitch, que respondeu com uma pergunta: “Já agora, que filme viu ele antes de matar a primeira?”.
O cinema, como a literatura ou a música, está repleto de exemplos destes. Após ver “Matrix”, um jovem norte-americano terá assassinado os pais julgando que eram apenas um programa de computador e que poderia, quiçá, fazer um novo download dos progenitores. E até o nosso Joaquim de Almeida, após visionar o primeiro “Super-Homem”, meteu um lençol aos ombros e mandou-se de cima do roupeiro da mãe.
Tresloucados entram escolas dentro para massacrar colegas após ouvir Marylin Manson - embora esteja pessoalmente certo de que a audição de Celine Dion ou Barry Manilow teria efeitos bem mais nefastos (não é à toa que o ditador da Coreia do Norte parece ser fã dos Bee Gees e Bin Laden confesso admirador de Whitney Houston).
Há um cliché que pode ser aqui aplicado em defesa dos criadores: “a partir do momento em que a minha obra se torna pública, já não me pertence”. A arte é tão responsável por crimes como os paizinhos dos perpetradores. É um sine qua non ridículo – caso contrário, os pais de Fernando Fragata há muito que estariam em Vale dos Judeus.
Pior ainda parece ser a incapacidade de usar a inspiração cinematográfica para o bem. Por que ninguém libertou um país da opressão depois de “Braveheart”? Adoptou um alienígena depois de “ET”? Ou produziu um rebanho de filhotes depois de “9 Semanas e Meia”? Bute lá tentar?
LFB
publicado no MEIA HORA de 6ª feira, 30 de Novembro

Comentários

JSA disse…
Que forma tão estranha de tentar engatar aí alguma fã do filme... ;)
Anónimo disse…
o seu post deixa um pouco a desejar num blog que prima pela qualidade de alguns textos. Sugiro que reveja o modo de expressão escrita.
Anónimo disse…
Caro Sr. Anónimo, antes de criticar a escrita de outro que tal tomar atenção às suas próprias falhas? E que tal começar por escrever frases com letra maiúscula? Seria um princípio... Em relação ao post, achei muito divertido, mostra que se pode perceber e falar de cinema sem usar palavras e expressões que só a espécie "intelectuous anónimous ignobilis" percebe e valoriza.E não é para isso que a escrita e o cinema existem? Também para nos divertir?!

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