Diálogos: A BARREIRA INVISÍVEL (1998)

Como um cometa, Terrence Malick só passa de tantos em tantos anos – e com brilho. Em 1998, regressou, depois de 20 anos de ausência, com “A Barreira Invisível”, adaptação do romance auto-biográfico de James Jones. Estas eram as palavras iniciais, um monólogo em voice-over de Edward P. Train (John Dee Smith), um soldado como os outros lançado à Batalha de Guadalcanal, um dos muitos conflitos que fizeram a trágica história da Segunda Guerra Mundial.

EDWARD P. TRAIN: Que guerra é esta no coração da natureza? Por que é que a natureza luta com ela mesma? A terra luta contra o mar? Haverá um poder vingador na natureza? Não um poder, mas dois? Lembro-me da minha mãe quando morria. Parecia toda encolhida e cinzenta. Perguntei-lhe se tinha medo. Ela limitou-se a sacudir a cabeça. Tive medo de tocar a morte que via nela. Já ouvi falar de imortalidade, mas nunca a vi. Perguntava-se como seria quando eu morresse. Como seria saber que esta respiração seria a última que darias. Só espero poder encontrá-la da mesma forma que ela encontrou. Com a mesma… calma. Pois é aí que se esconde a imortalidade que nunca vi.

Argumento: James Jones (romance); Terrence Malick (guião)

AB

i, 2011.05.28

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