deitar cedo e muito realizar
O Alexandre, meu irmão e um dos inquilinos neste espaço, ofereceu-me pelo Natal o livro “501 Movie Directors” – uma prenda assaz simbólica de duas coisas: de como ele sempre me esmagou na criatividade escondida pelo embrulho e de como eu jamais perco uma oportunidade para gabá-lo. Encontro de Irmãos, diz o cinéfilo leitor.
Coordenado por Steven Jay Schneider, trata-se de uma edição Cassell Illustrated (2007), dos mesmos autores de “1001 Filmes para Ver antes de Morrer”. Textos concisos, lidos com voracidade, resumindo numa página vida e obra do cineasta, uma citação em destaque, resumo do estilo de realização e por vezes uma caixa de curiosidades (Sabia que foi Jerry Lewis, vai para 50 anos, quem inventou o monitor onde se podem acompanhar as cenas enquanto são filmadas?). Um Mundo Perfeito, acrescenta o amável amante da 7ª arte.
Aquela costela patriota por todos possuída e que dá de si quando bebemos uma bica rasca no estrangeiro ou enquanto se lêem “estranhos” falar de “nós” também é saciada devido à simpática presença de Manoel de Oliveira e João César Monteiro. Adivinha-se um João Canijo na versão revista e aumentada. Vá, vamos embora, leitor: La Dolce Vita, sim.
A regra da página solitária só é violada, naturalmente, para os grandes. São então 3 ou 4 delas para os Chaplin, Lang, Hitchcock, Welles, Wilder, Allen, Godard, Fellini, Ford, Truffaut (o próprio “Nuit Américaine”), Spielberg ou Kubrick desta vida. Espanto para algumas injustiças, como a clausura de Mike Nichols no mesmo destaque de um Norman Jewison ou de uma Marguerite Duras. Sim, Duras. Há por aqui documentaristas, fotógrafos, autores experimentais e um par de escritores. Os Deuses Devem Estar Loucos? – ok, pode ser.
Mas extraordinário é notar a incrível percentagem de realizadores que morreu nos 80 e muitos, 90 e tais (para não referir Oliveira, claro, que vai deixar a Leni Riefenstahl a léguas). Como se brincar a Deus, além da possível imortalidade via película, oferecesse ainda o dom de uns anos ou mesmo décadas de vida mais. O Céu Pode Esperar.
Coordenado por Steven Jay Schneider, trata-se de uma edição Cassell Illustrated (2007), dos mesmos autores de “1001 Filmes para Ver antes de Morrer”. Textos concisos, lidos com voracidade, resumindo numa página vida e obra do cineasta, uma citação em destaque, resumo do estilo de realização e por vezes uma caixa de curiosidades (Sabia que foi Jerry Lewis, vai para 50 anos, quem inventou o monitor onde se podem acompanhar as cenas enquanto são filmadas?). Um Mundo Perfeito, acrescenta o amável amante da 7ª arte.
Aquela costela patriota por todos possuída e que dá de si quando bebemos uma bica rasca no estrangeiro ou enquanto se lêem “estranhos” falar de “nós” também é saciada devido à simpática presença de Manoel de Oliveira e João César Monteiro. Adivinha-se um João Canijo na versão revista e aumentada. Vá, vamos embora, leitor: La Dolce Vita, sim.
A regra da página solitária só é violada, naturalmente, para os grandes. São então 3 ou 4 delas para os Chaplin, Lang, Hitchcock, Welles, Wilder, Allen, Godard, Fellini, Ford, Truffaut (o próprio “Nuit Américaine”), Spielberg ou Kubrick desta vida. Espanto para algumas injustiças, como a clausura de Mike Nichols no mesmo destaque de um Norman Jewison ou de uma Marguerite Duras. Sim, Duras. Há por aqui documentaristas, fotógrafos, autores experimentais e um par de escritores. Os Deuses Devem Estar Loucos? – ok, pode ser.
Mas extraordinário é notar a incrível percentagem de realizadores que morreu nos 80 e muitos, 90 e tais (para não referir Oliveira, claro, que vai deixar a Leni Riefenstahl a léguas). Como se brincar a Deus, além da possível imortalidade via película, oferecesse ainda o dom de uns anos ou mesmo décadas de vida mais. O Céu Pode Esperar.
LFB (publicado no Meia Hora)
Comentários