Revivalismo 80's

Ainda inspirado por esse clássico teen dos anos 80 que é The Breakfast Club, faça-se uma pequena viagem ao "brat pack" da época. Não o de Coppola (Os Marginais, Rumble Fish) mas o de John Hughes, realizador e produtor cuja idade cinematográfica foi diminuindo ao longo dos anos: passou da adolescência (The Breakfast Club, Weird Science, Pretty in Pink, Ferry Bueller's Day Off, Sixteen Candles e a série National Lampoon) para a infância (Sozinho em Casa, Dennis The Menace, 101 Dálmatas).
Molly Ringwald, Ally Sheedy, Judd Nelson, Anthony Michael Hall e Emilio Estevez, os adolescentes estereotipados (hoje já tenho idade para o admitir...) de The Breakfast Club podem não ter tido o destino trágico do cast de Fúria de Viver mas a sua carreira eclipsou-se com a idade adulta. A excepção é, claro, Emilio Estevez, cuja permanente cara de "teenager" ajudou decisivamente perpetuar o sucesso. Quanto aos restantes, o destino ofereceu-lhes pouco mais do que papéis secundários.
Anthony Michael Hall, o "nerd", ainda apareceu como vilão em Eduardo Mãos de Tesoura, fez de Bill Gates (em Pirates of Sillicon Valley) e perdeu a grande oportunidade para um regresso em grande quando foi despedido por Stanley Kubrick quando rodava Full Metal Jacket. Kubrick não suportou a impaciência do actor e deu o papel principal a Matthew Modine.
Judd Nelson, o rufia e o mais velho do "pack", prometia muito, até porque estudou com Stella Adler. Só que o mau feitio não era só fita e acabou por perder-se em filmes de série B e em produções televisivas.
Molly Ringwald, a "princesa", casou com um francês e veio viver para a Europa, reduzindo quase ao mínimo a sua carreira. Regressou já este século mas preferiu os palcos da Broadway e de Londres. "Não se pode ter 16 anos anos para sempre", disse ela uma vez.
Ally Sheedy, a "vanguarda", desapareceu do mapa durante anos a fio, a que não terá sido alheia a sua dependência de calmantes. Telefilmes e teatro têm feito, entretanto, base da sua quase anónima carreira.
Emilio Estevez, o atleta, teve mais vantagens. Não só por ser filho de Martin Sheen mas também porque fez parte do grupo de Coppola. Apesar de nunca ter perdido visibilidade, a carreira de Emilio Estevez tem sido feita de altos e baixos.
PNR

Comentários

Anne Marie disse…
Tem piada... vi esse filme 300 vezes qdo era miuda. Sabia até alguns diálogos... nunca mais pensei nele até há umas semanas. Não sabia que tinha passado na televisão... e agora, pumba, vejo os meninos já crescidotes... giro!!!!

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