caro Domingos,

Há outro tipo de pessoa, muito parecido com esse de que falas. O tipo de pessoa que vai sozinha ao cinema, em busca de uma comédia romântico-metafísico-qualquercoisa numa sexta-feira à noite. Esse tipo de pessoa que também guarda bilhetes por tradição antiga e que pressente ser essa, de facto, a única forma de sobrevivência de alguns títulos [como Just Like Heaven]. E que entra na sessão também sabendo, previamente, que todos os bons filmes estão vistos e que este nem augura nada de bom, mas, seja o que Deus quiser, afinal, what the hell do I've got to loose?
E sim. Mark Ruffalo. Dele se dizia poder ser o novo Brando. Que se pode acrescentar? Que deve escolher melhor os guiões que aceita. E continuar a trabalhar com louras (na tua lista, falta a Laura Linney, na aparição mais feliz de Ruffalo, em You Can Count On Me).
Quanto a Just Like Heaven, só tinha duas hipóteses: ou enchia tardes de domingo nas televisões privadas ou recolhia às noites de chuva espectadores solitários, à procura de analgésicos com duas horas de efeito e nenhuma consequência sobre a performance do condutor.
AB

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