Brief notes on Bohemian Rhapsody (e 1991)

1. Lembro-me perfeitamente do dia em que Freddie Mercury morreu. Desse período da minha vida apenas a morte de Ayrton Senna teve semelhante impacto;
2. Dada a minha idade Queen para mim é uma banda dos anos 90, cujo primeiro álbum é já um best of, o hoje famoso Greatest Hits II, de 1991, que foi também o primeiro CD que comprei juntamente com o Diamonds&Pearls do Prince. Estamos vários anos depois do período retratado no filme e que compreende a formação da banda até ao Live Aid de 1985. Lembro-me que também me impressionou o facto de Freddie Mercury ter morrido pouco depois do álbum ter sido lançado.
3. Os anos 90 foram aliás, em boa parte devido à morte de Mercury em 1991, uma década de florescimento dos Queen mas Mike Myers tem também uma grande responsabilidade nesse renovado interesse graças ao seu hino de culto dos anos 90, o filme Wayne's World, também de 1991, com a famosa cena de Bohemian Rhapsody. Aliás foi justamente Mike Meyers quem insistiu que a cena tinha de ser feita com a música de Queen tendo mesmo ameaçado sair do filme se fosse utilizada outra música (estava pensado Guns and Roses). É por isso especialmente delicioso vê-lo no filme com o papel de Roy Foster.
4. Um dos meus álbuns preferidos é até hoje o Live at Wembley '86, que só viria a ter em 1992, numa fabulosa edição em cd duplo e que foi a última atuação de Queen ao vivo, ainda na ressaca de Live Aid retratado no filme.
5. Tudo isto para dizer que não obstante toda a liberdade criativa que o filme assume sobre os Queen e cada um dos seus membros, com destaque para Freddie Mercury, e de todas as críticas que lhe podemos fazer, o seu sucesso estava garantido se se mantivesse fiel à grandiosidade do espírito criativo desta banda e em particular de Freddie Mercury. Goste-se ou não, quero acreditar que as pessoas conseguem reconhecer isso e atribuir-lhe valor.
DM

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