Diálogos: CISNE NEGRO
No filme de Darren Aronofsky, Natalie Portman é uma actriz que interpreta uma bailarina que interpreta um cisne – aliás, dois. A missão hercúlea já lhe valeu o Globo de Ouro e prémios do Screen Actors Guild e da crítica em Austin, Boston, Ohio, Chicago, Dallas, Florida, Kansas, Las Vegas, Los Angeles e Phoenix. Veremos se o bailado termina em glória a 27 de Fevereiro, no Kodak Theatre.
NINA: Vim pedir-lhe o papel.
LEROY: A verdade é que, quando eu olho para ti, só vejo o cisne branco. Sim, és muito bonita, tímida, frágil – o casting perfeito. Mas então e o cisne negro? É um trabalho fodido fazer os dois.
NINA: Eu também consigo fazer o cisne negro.
LEROY: Ah, sim? Em quatro anos, sempre que danças, vejo-te obcecada em fazer cada movimento na perfeição, mas nunca te vi deixares-te ir. Nunca! Toda essa disciplina para quê?
NINA: (murmura) Só quero ser perfeita.
LEROY: O quê?
NINA: Eu quero ser perfeita.
LEROY: A perfeição não tem só a ver com controlo. Também tem a ver com soltar-se. Surpreende-te se queres surpreender o público. Transcendência! Muito poucos a têm.
NINA: Eu acho que a tenho.
Argumento: M. Heyman, A. Heinz, J. McLaughlin
AB
i, 2011.02.05
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