Come as you are

Sharon Stone (dói-me tudo dizer isto, glup) está feia. Num filme com tantos jobs, um dos mais singulares é o seu face job. David Morrissey está perfeito, entre o David Morse e o homónimo Steven Patrick. O Porsche é um Porsche. E Porsche é bom. Rampling é uma melhor Stone, uma classier lady, uma classier tramp. É Rampling que põe aquele rio a correr ao contrário, em Angkor Wat. As cenas de sexo são mázinhas, sendo a menos mázinha a de Tramell e Franks com o dito Porsche. Pena a cena ser nocturna, e que pena não ser em hora de ponta. Aliás, o filme não dá ponta. O apartamento de Tramell é o mesmo de Rhys-Meyers em «Match Point», overlooking the Thames. (in a hotel overlooking the Rhine/I made her mine). A rua de Londres dos peep-shows é a mesma de «Breakfast on Pluto». «Breakfast on Pluto» começa como o «Velvet Goldmine»: mal. Mas «Breakfast on Pluto» é muito mau, sempre por igual, ao contrário de «Velvet Goldmine». A música de «Breakfast on Pluto»: e ainda se queixam de Cameron Crowe. Cillian Murphy cansa, sobretudo porque não se ouve bem. Ou eu não ouço bem. «Breakfast on Pluto» defende o Sstema Nacional de Saúde, o glam a as novas famílias, e eu também. Queira o leitor ou a leitora contar o número de vezes que a palavra «come» é dita em Basic Instinct 2. Eu também tenho os meus números. My attempt at levity, perdão, at Lévinas: «you Freud, me Jane», algures em «Marnie». Isto vinha a propósito de Milena Gardosh, claro.

RB