dentro de um cinema durante Dentro de Garganta Funda
Desde que assistira a Happiness, de Todd Solondz, numa sessão da uma da manhã, no King (história que bem valerá outro post), que fiquei com sérias dúvidas acerca da maturidade dos portugueses, particularmente quando o que está em jogo são comportamentos sexuais; agora, vendo Inside Deep Throat, numa sessão em "horário nobre" e numa sala mais mainstream, as dúvidas avolumam-se.
Conversetas intermináveis; gargalhadas esquizóides a cada utilização da palavra "clitóris", mas quase nenhuma nos momentos em que o documentário passa para a ironia; reajustes do corpo à cadeira nas cenas de sexo; nenhuma reacção às entradas em cena de Norman Mailer ou Gore Vidal ou a piadas que utilizassem termos tão complicados como "eunuco"; risos de gozo a receber a velhinha que fala sobre a importância do filme ou a todos aqueles que explicam que, 30 anos atrás, abordar assim o sexo oral constituia uma revolução.
Aparentemente, a julgar pela amostra, essa revolução não chegou aqui.
Alexandre Borges
Conversetas intermináveis; gargalhadas esquizóides a cada utilização da palavra "clitóris", mas quase nenhuma nos momentos em que o documentário passa para a ironia; reajustes do corpo à cadeira nas cenas de sexo; nenhuma reacção às entradas em cena de Norman Mailer ou Gore Vidal ou a piadas que utilizassem termos tão complicados como "eunuco"; risos de gozo a receber a velhinha que fala sobre a importância do filme ou a todos aqueles que explicam que, 30 anos atrás, abordar assim o sexo oral constituia uma revolução.
Aparentemente, a julgar pela amostra, essa revolução não chegou aqui.
Alexandre Borges
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