Terno Skyfall

O meu segundo fato foi um terno, ou um three piece suit, se quisermos ser fiéis à sua origem em Skyfall, partilhada pelo meu bom amigo Gareth Mallory, o novo M. Em breve, espero, aliás, adquirir um novo. Estou a considerar um olho de perdiz azul, em vez das tradicionais riscas finas.

Tenho descoberto, com horror, que há algum desdém pelo fato de três peças, muitas vezes combinado com um preconceito que o pretende remeter para um contexto de pessoas cinzentas, bafientas e chatas. Nada de mais errado. Como Fiennes-Mallory vem agora recordar-nos em Skyfall.

O terno, para além do belo nome, é um fato versátil: preparado para as agruras do Inverno, mas à vontade num ambiente de trabalho em que seja necessário tirar o casaco e arregaçar as mangas. Além disso o terno exige a elegância que a camisa desbragada, sem a disciplina do colete, tenta confundir com desenvoltura, mas que nada mais é do que sensaboria. Acresce que os bolsos do colete são muito úteis.

É, pois, como muito agrado, que vejo Skyfall confirmar o que parece ser uma tendência sensata no meio da loucura que vivemos: a do regresso do fato de três peças ao seu lugar maior entre a elegância masculina e a afirmação da identidade por intermédio de vestuário apropriado.

DM